Estreando na TV norte-americana em 2005, Todo Mundo Odeia o Chris (Everybody Hates Chris) durou até 2009, totalizando quatro temporadas de episódios vagamente baseados na adolescência do comediante Chris Rock. O título é uma brincadeira com outra sitcom de grande sucesso, Everybody Loves Raymond, que encerrou seu ciclo de nove temporadas no mesmo ano em que a outra começava. Todo mundo sabe que é essencialmente uma obra de ficção, mas o que foi aproveitado mesmo da vida real?
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Criada por Ali LeRoy e Chris Rock, com ele mesmo narrando a série, Todo Mundo Odeia o Chris é uma comédia, o que significa que várias liberdades foram tomadas para que as histórias ali funcionassem, algo bem normal nesta situação. Vamos desvendar esses detalhes agora mesmo!
– Chris Rock – Christopher Julius Rock III – nasceu na Carolina do Sul, mas sua família se mudou para Nova Iorque, mais precisamente para o bairro do Brooklyn, logo após seu nascimento. Aliás, na série, o sobrenome da família nunca é mencionado.
– O comediante nasceu em 1965, o que significa que o período de sua vida abordado na série deveria ser no final da década de 70. A decisão de ambientar as histórias nos anos 80 foi motivada por That’s 70’s Show, ainda no ar em 2005.
– Embora nomes de vários personagens diretamente baseados em pessoas reais tenham sido trocados, inclusive na própria família principal, o nome do pai de Chris Rock é, de fato, Julius. Além disso, ele também dirigia um caminhão, entregava jornais e era “cuidadoso” com os gastos.
– Rochelle, no entanto, é mais personagem do que realidade. A mãe da vida real se chamava Rosalie e era professora e assistente social, mas as duas tem, sim, algo em comum, segundo o criador: a personalidade forte.
– Greg, o melhor amigo branco de Chris, é baseado em David Moskowitz. No ambiente escolar que enfrentou, o verdadeiro Chris Rock pôde realmente contar com uma amizade verdadeira em sua adolescência.
– O número de irmãos também difere da vida real. Ele tinha em casa mais seis irmãos e uma irmã, o que seria impraticável em uma série. A solução foi amalgamar os traços de personalidade em apenas mais dois irmãos.
– Drew, o irmão descolado que faz sucesso entre as garotas, é um contraste evidente com o desastrado e impopular Chris. O personagem traz muita coisa de Tony, o irmão da vida real, que Chris Rock afirma que era muito mais “cool” na realidade do que Drew na série.
– A irmã verdadeira de Chris Rock, Andi, nasceu somente em 1985. Evidentemente, a escolha do nome de sua versão ficcional, Tonya, é uma referência ao outro irmão real, Tony.
– Chris Rock realmente estudou numa escola com uma esmagadora maioria branca, decisão tomada por seus próprios pais, que consideravam que a educação ali seria melhor.
– Exatamente pelo ambiente em que estudou, o bullying era constante. Algo bem complicado como realidade, mas que ele soube utilizar como material na série.
Quem é o verdadeiro Caruso?
Joey Caruso, o ruivo racista que não economizava quando queria atormentar o pobre Chris, é um personagem que mescla várias situações aleatórias da vida escolar de Chris Rock, sem ser baseado especificamente em alguém. Vivido pelo ator Travis T. Flory, afastado da atuação desde o fim da série, ele conseguiu a antipatia do público, o que significa que fez bem seu trabalho.
Por que Todo Mundo Odeia o Chris acabou?
Apesar das liberdades tomadas em torno da trajetória real, Chris Rock tem apego emocional por essa narrativa. A decisão de acabar a série foi uma consequência de que, em termos cronológicos, o período seguinte em uma próxima temporada iria coincidir com o ano em que Julius Rock morreu. Mesmo assim, não foi uma interrupção repentina, mas um final planejado, que pode não agradar a todos, mas fechou o ciclo.
Também há o fato de que o período em questão na vida de Chris Rock foi marcado pela saída da escola, além da busca pela carreira no stand up. O protagonista cresceu, literalmente, na série e, como o foco sempre foi nas dificuldades da adolescência, realizadores tinham mais um motivo para finalizar e o fizeram homenageando de forma brilhante The Sopranos.
Ainda bem que as reprises estão sempre aí para matarmos a saudade…