Historicamente, a palavra “boda” faz referência ao termo latim “vota” que possui como significado algo parecido com “promessa”.
Nota-se que além da substituição da letra “v” pela “b” no início da palavra, ainda foi acrescentado o “s” ao final dela, sendo “bodas” o termo consagrado popularmente para fazer alusão aos votos matrimoniais.
Isso tudo acontece, porque, diferentemente do latim literário – versão escrita -, a qual é considerada uma língua “morta”, o latim vulgar – versão falada – é o grande responsável pela beleza das variedades linguísticas dos povos de origem neolatinas.
Diferentemente da expressão, a originalidade local da palavra é um pouco divergente. Porém, quanto ao tempo, a versão mais aceita no meio historiador, de comemorar aniversários de casamento, tem ancestralidade na Idade Média.
Naquela época, mais ou menos há 1500 anos atrás, já era costume de pequenos povos alemães homenagear com uma coroa de prata casais que estavam unidos há 25 anos, e com coroa de ouro aqueles cuja união já estava na casa dos 50.
Com o passar dos anos, seja qual for a forma de casamento – civil, religioso, ou até mesmo sem qualquer documento ou cerimônia – diversos povos e culturas adaptaram a tradição a seu modo e passaram a celebrar cada aniversário de casamento, seja mês ou ano, com um nome diferente.
Bodas de quê?
Como nunca existiu uma lista oficial que fosse seguida universalmente, encontra-se grande variedade dos nomes de bodas de casamento de país para país ou mesmo dentro de um mesmo território. Porém, o intuito é sempre o mesmo: quanto maior o tempo de união, mais resistente e precioso será o material para simbolizar os anos vividos juntos.
Por essa razão, ao considerarmos a fragilidade do papel ou do algodão, por exemplo, caracterizamos o primeiro e o segundo ano de união, respectivamente. Papel e algodão, simbolicamente, remetem respectivamente à leveza e fragilidade, sendo necessário delicadeza no manuseio para que não rasgue ou se desfaça.
Metaforicamente, assim são os primeiros anos de união: relação jovem, que está se estruturando e requer cuidados para que se mantenha intacta.
Ressaltando ainda a popularidade das comemorações da data, mês a mês, até que se complete um ano, popularmente conhecido como “mêsversários”, a fragilidade do material simbólico é ainda menor, porém sempre crescente:
- 1 mês: Bodas de Beijinho;
- 2 meses: Bodas de Sorvete;
- 3 meses: de Algodão Doce;
- 4 meses: Bodas de Pipoca;
- 5 meses: de Chocolate;
- 6 meses: Bodas de Plumas;
- 7 meses: de Purpurina;
- 8 meses: Bodas de Pompom;
- 9 meses: de Maternidade;
- 10 meses: Bodas de Pintinhos;
- 11 meses: Bodas de Chiclete.
Amor e fidelidade
Como a ideia é que a cada ano a simbologia material seja mais resistente, fazendo uma analogia ao relacionamento do casal, os famosos 25 anos e 50 anos são comemorados como “bodas de prata” e “bodas de ouro”.
Como é mais “fácil” chegar aos 25 que nos 50, a bodas de prata é mais comemorada mundialmente, e em muitas culturas ocorre a primeira renovação dos votos matrimoniais, em que muitos casais optam por uma comemoração maior, com celebrações especiais na data, sejam em casa, em um salão ou em uma igreja.
Aos que conseguem chegar a tão sonhada bodas de ouro, renovam pela segunda vez os votos matrimoniais de maneira ainda maior que a bodas de prata, e com comemorações praticamente como na festa do primeiro dia de casamento, porém, desta vez, não mais simbolizado pela união “frágil” e sim pela durabilidade, rigidez e preciosidade representada pelo ouro.
União duradoura
Por fim, entre as listas mais conhecidas, o último ano de comemoração – que representaria 100 anos de união – é simbolizada pela árvore Jequitibá, a qual apresenta tronco de grandes dimensões e é conhecida por ser uma “gigante da floresta” pela sua grandiosidade, beleza e resistência.
Entretanto, poucos atingem os cem anos de vida, e, devido a esse fato, não há nenhuma evidência na história da comemoração de bodas de Jequitibá, porém, pode ser então simbolizada pela eternidade do amor.
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