Como explica a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o tratamento pode ser feito com estimulantes de crescimento dos fios.
A Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC) afirma que 42 milhões de brasileiros têm alopecia androgenética, conhecida popularmente como calvície. Embora afete homens em maior proporção, as mulheres também são atingidas pelo problema. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o tratamento pode ser feito com estimulantes do crescimento dos fios, como a solução capilar de Minoxidil e os bloqueadores hormonais.
Na definição da SBD, a calvície é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada e relativamente frequente na população. Homens e mulheres podem ser acometidos pelo problema, que tem início na adolescência, mas se torna mais visível por volta dos 40 a 50 anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que metade da população masculina terá problemas com a calvície até os 50 anos. Em relação às mulheres, a SBC aponta que 30% delas terão questões relacionadas à condição.
Os homens são mais afetados pela calvície porque a queda dos cabelos está diretamente relacionada aos hormônios sexuais masculinos, principalmente à presença da testosterona. Como as mulheres produzem esse esteroide em menor quantidade, elas também podem desenvolver o problema, porém representam casos mais raros e com perda menos drástica.
Causas e sintomas
Conforme material publicado na Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, que reúne informações da SBD, as duas principais causas da alopecia androgenética são os hormônios masculinos e a hereditariedade.
A versão mais potente da testosterona (di-hidrotestosterona ou DHT) pode causar a perda de força dos bulbos capilares, responsáveis por produzir os fios. Assim, aumenta-se a velocidade da queda permanente. Já quem tem familiares com alopecia está mais propenso a desenvolver o problema.
A calvície é apenas um tipo de alopecia. Outras variações do problema podem ser provocados por traumas na região capilar, infecções causadas por fungos ou bactérias, excesso de oleosidade, hábito compulsivo de arrancar os próprios fios, aplicação exagerada de produtos químicos, má alimentação, carência de vitaminas, medicamentos e estresse.
Tratamento
A calvície não tem cura, mas pode ser contornada com algumas medicações, desde que o tratamento seja feito com o auxílio do médico dermatologista. Alguns dos remédios mais usados são o Minoxidil, a Finasterida e a Dutasterida, além de certos suplementos.
Em sua página, a SBD cita o Minoxidil como um dos principais fármacos utilizados, junto aos bloqueadores hormonais. Por ser um vasodilatador, o medicamento permite que o sangue chegue até os bulbos capilares, levando nutrientes essenciais ao desenvolvimento do cabelo. Com isso, estimula e melhora o crescimento, a densidade e a espessura dos fios.
Geralmente, o Minoxidil se apresenta como uma solução hidroalcoólica de aplicação tópica. Portanto, deve ser aplicado no couro cabeludo na frequência indicada pelo dermatologista.
Para quem tem o cabelo mais comprido, a orientação é separar bem os fios e aplicar a solução diretamente na cabeça, espalhando e massageando bem a área.
Modo de usar o Minoxidil
A quantidade padrão inicial para o tratamento com o Minoxidil é de 1 ml por aplicação. Para os produtos comercializados com válvulas, a média é de seis borrifadas por aplicação. Já pacientes com áreas maiores a tratar podem necessitar de uma quantidade maior.
O uso do Minoxidil 5% deve ser feito uma vez ao dia pelas mulheres e duas vezes pelos homens. Contudo, essa recomendação pode variar conforme cada caso.
Uma dica dos especialistas para que o paciente verifique se está aplicando a quantidade correta é observar o tempo de duração do frasco. Aplicando uma vez ao dia, o produto dura, em média, dois meses; com duas aplicações diárias, um mês.