A escolha do cartão vai muito mais além do que o crédito que ele oferece. Saiba escolher o melhor para sua realidade
Um mesmo cartão de crédito pode não servir para todos os tipos de consumidor. Enquanto alguns preferem os benefícios, outros priorizam uma anuidade bem baixa ou até sem cobrança. Além disso, saber qual é o cartão ideal para você pode evitar diversos problemas financeiros.
Na hora de escolher um cartão de crédito, o consumidor não pode apenas escolher o primeiro a ser oferecido, é preciso ter discernimento. Confira algumas dicas para selecionar a melhor opção para a sua realidade financeira.
Bandeira
A maioria dos cartões, mesmo aqueles de bancos menores, tem bandeiras populares, que são aceitas em praticamente todos os estabelecimentos. No entanto, alguns podem oferecer vantagens, mas não contam com uma bandeira tão popular.
Portanto, é preciso observar a necessidade: se o cartão for usado com muita frequência, o melhor é escolher o mais popular, que dê mais certeza de que será aceito em diversos ambientes.
Taxa de juros
Um cartão pode aprovar facilmente seu crédito. No entanto, os juros por atraso de uma conta acabam sendo abusivos. Então, se o consumidor não conseguir pagá-la em um mês, essa dívida pode ficar imensa e ir para o parcelamento automático do Banco Central — que chega a duplicar a quantia.
Outro problema é que muitas pessoas não consideram os juros porque acreditam que vão pagar a parcela inteira sempre, e não o mínimo. Porém, imprevistos acontecem, e poucos garantem estabilidade nos momentos difíceis. Por isso, às vezes, o consumidor terá que entrar no rotativo do cartão para honrar outros compromissos financeiros.
Observar quais são as taxas de juros é considerar um benefício do cartão. Por exemplo: os pontos ou os descontos que o cartão oferece em determinados serviços talvez não compensem as cobranças de atraso que ele faz.
Na hora de escolher seu cartão de crédito, observe o CET (Custo Efetivo Total), que envolve juros, impostos e outros gastos. A taxa é anual, e o banco é obrigado a informá-la ao consumidor. Quanto menor ela for, menos o consumidor irá pagar caso atrase a quitação.
Anuidade
Outro fator muito importante a considerar é a escolha da anuidade. Um cartão pode oferecer um ótimo limite, mas cobrar uma anuidade que, no fim, compromete muito o orçamento. Alguns cartões não cobram na hora da contratação, mas a partir do segundo ano, a cobrança pode “compensar” a gratuidade do primeiro momento.
LimiteUm grande erro é enxergar o limite do cartão como um dinheiro extra. Na verdade, aquela quantia não existe: trata-se de uma possibilidade de pegar enquanto você não tem capital para usar. Portanto, antes de escolher o cartão que oferece o maior limite, pense se aquela extensão de crédito é realmente necessária.
Para quem pretende investir em produtos mais caros, como eletrodomésticos, um cartão com limite extenso é um grande benefício. Por outro lado, para quem precisa do item apenas para ajudar no fim do mês, ele não é tão necessário — até porque pode confundir o consumidor e fazê-lo gastar mais que deveria.
Benefícios
Considerando tudo isso, o consumidor pode ver com mais clareza as vantagens que o cartão de crédito oferece. Clube de pontos, por exemplo, é ótimo, principalmente para quem viaja: uma boa quantidade pode ser trocada por milhas e servir como descontos em viagens.
Outros proporcionam descontos em transporte, delivery, compras e muito mais. No entanto, o consumidor precisa avaliar se esses benefícios compensam a taxa de juros e a anuidade. O ideal é que o cartão de crédito seja um auxílio, em vez de algo que fará o usuário gastar mais.