Conheça o que diferencia cada um destas aves que são o destaque da ceia de Natal.
Devido à grande quantidade de carne, o peru representava fartura. O hábito de prepará-lo no Natal veio da América do Norte.
Nos Estados Unidos, a carne é consumida desde 1621, no Dia de Ação de Graças, que pode ser comparado ao Natal do Brasil. No país, a tradição chegou no século XIX, trazida por imigrantes.
A partir dos anos 80, o Chester passou a ser comercializado. A partir daí, as diferenças entre as aves, inclusive no preço, possibilitaram novas opções nas ceias dos brasileiros.
Diferença entre Chester e frango comum
Chester é o nome comercial de um frango com grande concentração de carne nas coxas e no peito. Ele é resultado de um aperfeiçoamento genético, alcançado a partir de consecutivos cruzamentos entre machos e fêmeas escolhidos.
Vale ressaltar que esse processo é muito diferente do utilizado na produção de produtos transgênicos. Para isso, é preciso manipular artificialmente genes de mais de uma espécie, em vez de selecionar cruzamentos.
O Chester foi desenvolvido por meio do cruzamento de linhagens diferentes de aves de origem escocesa da espécie Gallus Gallus e passou a ser comercializado no início da década de 80.
A principal diferença em relação às duas aves é que o Chester possui mais de 70% da sua carne concentrada nas coxas e no peito, contra apenas 45% de um frango comum.
Além disso, sua alimentação é à base de soja e milho, sem nenhum tipo de medicamento, hormônio anabolizante ou antibiótico.
Diferença entre peru e Chester
O peru e o Chester são aves bem distintas e não possuem quase nenhuma semelhança, a não ser por serem considerados pratos principais da ceia de Natal, já que se tratam de espécies diferentes.
Enquanto o peru é uma ave mais musculosa, o Chester é um frango de tamanho maior que o convencional. A carne do Chester é mais macia e suculenta.
Já o peru possui uma carne mais seca, rígida e com um sabor mais acentuado. Eles possuem quase o mesmo tamanho e peso, porém, o Chester fica pronto mais rapidamente no forno.
Diferença na criação do Chester, do frango comum e do peru
O segredo das aves especiais encontra-se na genética. Empresas especializadas na produção de alimentos frigoríficos fizeram um trabalho intenso de selecionamento genético e conseguiram obter o resultado esperado: animais maiores, com rendimento no peito e nas coxas.
Além disso, o Chester possui um diferencial em relação ao tempo de abate. Geralmente, a ave especial é abatida com 50 dias de vida, ganhando mais musculatura, enquanto o frango costuma ser abatido com 35 dias.
Pode parecer estranho, mas a criação do peru é mais parecida com os suínos que os frangos comuns. O ciclo de produção da ave ocorre em duas fases, que consistem em manejo iniciador e terminador.
O primeiro começa assim que o animal nasce e vai até o trigésimo quarto dia de vida da ave.
Os primeiros dias são os mais complicados, devido ao fato dos animais estarem mais sujeitos às doenças e, por esse motivo, necessitarem de alguns cuidados especiais em relação à alimentação.
A ave chega à granja para o manejo terminador com aproximadamente 1,4 kg. O tempo total até o abate varia de 62 dias, para as fêmeas, e até 150 dias, para os machos, que são bem mais pesados.
As rações obedecem aos níveis nutricionais diferentes para respeitarem as fases distintas de produção dos perus. A quantidade de proteínas pode variar de 30% nas etapas iniciais a 17% no processo final, por exemplo.