Tabagismo passivo nos animais pode causar problemas graves, como câncer respiratório
Se é normal que muitas pessoas evitem de fumar próximo a bebês e crianças, o mesmo não pode ser dito dos animais.
Muitos donos nem se dão conta, mas eles podem colocar a saúde do seu companheiro de estimação em risco ao fumar na presença deles, permitindo o desenvolvimento de doenças silenciosas e fatais.
Por isso, é necessário estar atento aos cuidados com a saúde do seu pet se você for um dono fumante. Neste texto, entenda os riscos que fumar próximo ao seu pet oferece à saúde dele e como você pode prevenir o aparecimento de doenças.
Riscos do tabagismo passivo
O ato de fumar não oferece riscos à saúde somente para o fumante, mas também para aquelas pessoas que convivem com ele.
O chamado “tabagismo passivo” é a inalação da fumaça pelos não fumantes, que podem desenvolver problemas de saúde ao respirar substâncias cancerígenas presentes na fumaça liberada e que fica no ambiente.
Um levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que as vítimas desse tipo de tabagismo são muitas.
Em 2018, das 7 milhões de pessoas que morreram por causa do tabaco, 890 foram vítimas do tabagismo passivo, o que representa mais de 10% do total.
E não são apenas os seres humanos que podem desenvolver problemas graves por causa disso, como o câncer de pulmão.
Os animais que as pessoas têm em casa também estão sujeitos a doenças de natureza respiratória e cardiovascular.
Inclusive, existem pesquisas que apontam que os companheiros animais podem ser mais afetados pela fumaça do que as crianças.
Isso porque, como eles são menores do que elas, podem ser afetados pelos produtos químicos do tabaco que se aderem a tapetes e outras superfícies.
Efeitos nos animais
Um estudo da Universidade de Glasgow, na Escócia, acompanhou a saúde de cachorros e gatos que tinham donos fumantes e, portanto, ficavam expostos aos efeitos do fumo.
Os resultados mostraram que essa convivência teve impactos diretos no bem-estar deles, com o aumento do risco de desenvolver certos tipos de câncer e danos celulares.
Os problemas na saúde dos animais podem variar de gravidade. Os bichinhos podem sofrer com situações mais leves, como alergia, até consequências mais graves, como a intoxicação.
Outras complicações que podem ser citadas são coceiras, lesões na pele e córneas, bronquite alérgica e outros problemas respiratórios.
Um dos principais riscos é quando o animal — normalmente o cão — ingere a bituca ou as cinzas do cigarro. É preciso ficar atento a esse aspecto não apenas dentro de casa, mas também ao passear com o animal na rua, já que ele pode ingerir uma na menor distração.
Prevenção
Para evitar que essas doenças atormentem você e o seu animal, é importante comprometer-se com a prevenção. O melhor método é parar de fumar, de forma que o animal não tenha mais contato com a fumaça tóxica dentro de casa.
Se isso não for possível, é necessário recorrer a outras medidas. Uma delas é o dono tomar cuidado para sempre fumar em um ambiente aberto, com grande circulação de ar, permitindo que a fumaça se dissipe com facilidade.
Outra dica fundamental é nunca fumar próximo aos animais, reduzindo o contato deles com as substâncias prejudiciais.
Utilizar um purificador de ar de alta qualidade dentro de casa também ajuda a diminuir os danos. Ele consegue eliminar o excesso de toxinas liberadas pelo cigarro que estão presentes no ar, tornando-o menos nocivo para o bichinho.
Também é necessário lembrar-se de lavar as mãos com muito cuidado após fumar e antes de acariciar o animal.
Se você perceber que o seu animal está apresentando alguns sinais de incômodo, como espirro e coceira, leve-o para o veterinário.
Ele será capaz de examinar e avaliar o pet da melhor maneira, identificando eventuais problemas e, se for o caso, dando início ao tratamento do quadro médico em questão.
Recomendação de leitura: Curso de Banho e Tosa – Um Investimento Rentável