Juros simples são os mais usados nas transações do dia a dia, mas você sabe como eles funcionam? Quando o assunto é taxa de juros, é fundamental saber como calcular o que você deve pagar a mais em uma operação de crédito — ou receber a mais em um investimento, se for o caso.
Então, continue a leitura para tirar todas as suas dúvidas sobre juros simples e tomar melhores decisões para o seu bolso.
O que são juros simples?
Juros simples são aqueles calculados somente sobre o montante inicial de uma dívida ou investimento. Só para contextualizar, uma taxa de juros é um percentual aplicado a um valor que você recebe ou paga em uma operação financeira.
Por exemplo, quando você toma um empréstimo, precisa devolver o valor emprestado mais um percentual de juros que é a remuneração do banco, ou seja, o que ele ganha em troca por liberar a quantia e permitir o pagamento a prazo.
Agora, quando você faz um investimento, os juros trabalham ao seu favor porque eles são a rentabilidade da aplicação, ou seja, aquilo que você ganha a mais por ter aplicado o dinheiro. Dito isso, é importante saber que existem juros simples e compostos.
Qual a diferença entre juros simples e juros compostos?
A principal diferença é que os juros simples são aplicados somente à quantia inicial de uma dívida ou investimento, enquanto os juros compostos são calculados sobre a quantia devida mais os juros do mês anterior. Dessa forma, os juros compostos se acumulam e formam o efeito “juros sobre juros”, enquanto os juros simples são calculados uma única vez sobre o montante total.
Como calcular juros simples?
Para calcular os juros simples, basta multiplicar o valor aplicado ou devido pelo percentual da taxa de juros. Por exemplo, se você faz um empréstimo de R$ 5 mil com taxa de juros de 3% ao mês para pagar em 6 meses, a carga total de juros será de 18%, totalizando R$ 900 de juros. Logo, nesse caso, você terá que pagar R$ 5,9 mil ao final do empréstimo.
Já o cálculo dos juros compostos, que é usado em aplicações financeiras, é bem mais complexo. Por exemplo, se você faz um investimento de R$ 1 mil que rende 1% ao mês com juros compostos, os juros são contabilizados da seguinte forma:
- 1º mês de aplicação: ganho de R$ 10 (1% de R$ 1.000)
- 2º mês de aplicação: ganho de R$ 10,10 (1% de R$ 1.010)
- 3º mês de aplicação: ganho de R$ 10,20 (1% de R$ 1.020,10).
Ficou claro como os juros compostos aumentam exponencialmente, enquanto os juros simples permanecem os mesmos até o fim do contrato?
Onde são usados os juros simples?
Os juros simples são usados na maioria das operações de crédito do mercado, como empréstimos, financiamentos e parcelamento de faturas de cartão de crédito. Mas existem duas exceções: o crédito rotativo e o cheque especial.
Não à toa, essas são as duas linhas de crédito com os maiores juros do mercado e que não são indicadas para os consumidores. Isso porque, com o efeito dos juros compostos, a dívida cresce rapidamente em um efeito bola de neve.
Dessa forma, em poucos meses, o valor devido dobra e até triplica de valor, dificultando o pagamento e estendendo a situação de inadimplência. Por isso, se precisar de crédito, escolha sempre os produtos financeiros que utilizam juros simples e são mais previsíveis, como empréstimos e financiamentos.
Entendeu o que são juros simples e como eles funcionam nas transações financeiras? Então, aproveite o aprendizado para cuidar melhor do seu bolso!