A divisão social do trabalho é uma marca do sistema capitalista, relacionado a produção da sociedade moderna. Ela se forma em fragmentações do processo produtivo, originando diferentes níveis de especialização. Assim, o trabalhador começa a desenvolver tarefas específicas dentro de seu meio de produção e, com o tempo e por realizar a mesma atividade repetidas vezes, passa a ter mais experiência e eficiência, aumentando a velocidade produtiva do sistema como um todo.
Porém, mesmo que este tema atribua agilidade ao sistema e diminua o total de atividades pelas quais um único profissional é responsável, a divisão social do trabalho também possui suas críticas.
Nesse artigo, você vai conhecer as principais implicações e como os sociólogos vêem a divisão trabalho a partir do capitalismo. Vamos lá?
Divisão social do trabalho no Capitalismo
A divisão social do trabalho é imposta pelo capitalismo. Ela possui algumas críticas tanto no processo de produção quanto em suas dinâmicas sociais. A atividade produtiva é fragmentada em diferentes parcelas, resultando em um produto fruto de muitas operações realizadas por trabalhadores diferentes.
A divisão social do trabalho surgiu no século XVIII e se difere de sua anterior, pois aqui o trabalhador estava de posse de toda a cadeia do processo laboral. Com isso, um profissional constrói o produto inteiro sozinho. Com a divisão do processo produtivo, a produtividade aumenta e os resultados se tornam mais ágeis.
Porém, o assalariado perde a dimensão global do processo, causando uma alienação, onde um trabalho que um funcionário da fábrica dominava vira o dominador. Além disso, a divisão social do trabalho gera problema da gerência das atividades para os donos de fábrica, e precisa ser corrigida com a intenção de organizar e tirar os melhores resultados do serviço.
A divisão do trabalho para os sociólogos
Alguns sociólogos procuram entender os fenômenos criados pela divisão social do trabalho. Entre eles, Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim são algumas das referências para quem estuda ou tem interesse em conhecer mais sobre sociologia. Além de alienar o trabalhador, Marx aponta também que a produção de hierarquias entre as classes dominantes desencadeia a luta de classes.
Durkheim deixa evidente que o processo de divisão do trabalho influencia os valores morais do econômico. São esses valores que possibilitariam o surgimento da solidariedade entre profissionais da mesma classe e setor, mantendo a harmonia do sistema.
Já no pensamento de Weber, há a existência de diferenças na divisão social do trabalho entre protestantes e católicos. Para ele, os protestantes estão mais aliados ao capitalismo. Assim, o empreendedorismo passa a ter ligação com a prática da fé.
A divisão social do trabalho é abordada em estudos de diversas áreas de conhecimento, como a sociologia, a história, a saúde, a educação, a economia, a antropologia, entre outras, e tem sido utilizado com diversas variações. Esperamos que este conteúdo tenha te ajudado a conhecer mais sobre o tema.