Sempre ouvimos as pessoas falando que uma pessoa alcoolista ou um dependente químico precisa se tratar, ou está fazendo tratamento, mas raramente ouvimos alguém dizer que essas pessoas estão curadas de seus problemas. Qual será o porquê disso? Será que esses tipos de problemas realmente não tem cura?
A Fundação Oswaldo Cruz realizou um estudo recentemente que dizia que pelo menos, cerca de 3,5 milhões de pessoas da população brasileira utilizam ou já experimentaram drogas ilícitas ao menos uma vez na vida.
Este número é realmente assustador, mas se levarmos em consideração as pessoas que utilizam ou já utilizaram drogas lícitas também, ele será ainda mais assustador.
Os motivos que levam as pessoas a experimentarem ou viciarem em drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, são os mais variados, sendo diferentes para cada um. Esses motivos podem ser sociais, psicológicos, genéticos, ou até mesmo uma junção de mais de um deles, o que agravaria ainda mais a situação.
Mas sabe porque não ouvimos as pessoas dizerem que um dependente químico ou um alcoolista conseguiu se curar totalmente do seu vício? Porque a questão do vício, da dependência, não é uma escolha, mas sim uma condição, uma doença crônica que demanda a necessidade de tratamento.
Isso significa que, quando uma pessoa é diagnosticada como um dependente químico, ela receberá tratamento e precisará lidar com isso pelo resto da sua vida, para que não caia em tentação e não volte a utilizar drogas, ou seja, precisará aprender a controlar a doença.
Ainda assim, apesar de parecer um pouco radical falarmos que a dependência química é uma doença que não tem cura, não é motivo para se desesperar. Visto que existem muitas formas de tratamento para dependentes químicos que mostram ser bastante eficientes.
Um tratamento feito com ibogaína em uma clínica de ibogaína, por exemplo, tem mostrado ser um dos tratamentos mais eficazes contra a dependência química nos dias de hoje, principalmente por ser um tratamento curto, que não demanda a necessidade de internação por vários meses.
Mas para que você entenda melhor o porquê da dependência química ser considerada uma doença sem cura, porém tratável, continue lendo este artigo e compreenda mais eficientemente este assunto.
Afinal, por que a dependência química é tratável mas não curável?
De acordo com especialistas, a dependência química não possui cura definitiva por se tratar de uma doença crônica e progressiva. O que também explica o fato dela ser uma doença tratável, apesar de incurável. Mas quem se trata deixa de usar drogas pelo resto da vida?
O objetivo é esse, mas todo dependente químico, mesmo que em tratamento, está sujeito a ter recaídas. Geralmente, isso acontece mais no início do tratamento, durante o período de desintoxicação. Para se ter uma ideia, cerca de 60% dos pacientes costumam ter recaídas na primeira fase do tratamento.
Contudo, é preciso ressaltar que estamos falando dos tratamentos de forma generalizada, pois o número de pacientes que recaem quando fazem tratamento com ibogaína é bem menor do que o apresentado no percentual acima.
Apesar da porcentagem de 60% parecer alta, ela é a mesma para pacientes que têm outros tipos de doenças crônicas e que sofrem com recaídas no início de seus tratamentos, como pacientes com hipertensão ou com diabetes.
Ainda assim, recaídas fazem parte, e não é motivo para um dependente químico não tentar melhorar e nem para a família e os amigos desistirem dele, afinal de contas, todo mundo tem o direito de errar, assim como todo mundo merece uma chance de se tratar.
Como é o tratamento da dependência química?
Como mencionamos anteriormente, existem vários tipos de tratamentos para dependência química, cada um com suas particularidades, sendo o mais diferente e mais eficiente de todos, o tratamento com ibogaína.
Independente da escolha do tratamento, todos eles demandam a necessidade de um acompanhamento psicológico com um terapeuta, tanto durante o início do tratamento, quanto depois.
Na verdade, o mais indicado é que o acompanhamento terapêutico continue durante toda a vida do dependente químico. Afinal, o paciente e o terapeuta criam um vínculo, e a pessoa tem um lugar seguro onde pode desabafar seus medos, aflições e problemas, que poderiam levá-la a voltar a usar drogas caso não tivesse ajuda para solucioná-los.
Além disso, a família e os amigos também desempenham uma parte importante no tratamento de um dependente químico, apoiando e ajudando-o a superar todas as razões que o levaram a recorrer ao uso de drogas.
Ou seja, tudo isso nos mostra que, apesar da dependência química ser uma doença crônica e progressiva que não pode ser curada, é possível que o dependente químico leve uma vida completamente normal e de qualidade se fizer o tratamento corretamente, continuar fazendo acompanhamento terapêutico e tenha apoio de toda a família e dos amigos.