Figura hollywoodiana das mais reconhecíveis nas últimas décadas, Bruce Willis possui um legado enorme. Porém, seus trabalhos mais recentes são produções de baixo escalão, dando a entender que o ator abriu mão de um gerenciamento consciente de sua carreira. A explicação para isso, no entanto, talvez esteja na notícia que pegou o público de surpresa há pouco tempo. Willis, aos 67 anos, anunciou sua aposentadoria da atuação por sofrer de afasia, condição neurológica grave que afeta os centros de linguagem no cérebro.
Por incrível que pareça, o último trabalho de visibilidade de Bruce Willis foi em 2019, com o esquecível Vidro, encerrando a trilogia iniciada em Corpo Fechado e retomada muitos anos depois com Fragmentado, onde ele aparece apenas em uma cena pós créditos para revelar a interligação entre os filmes. De lá para cá, parece inacreditável que ele participou de mais de 20 filmes antes de anunciar sua retirada, todas produções descartáveis de pequenas produtoras dentro e fora dos EUA.
Qual foi o último filme de Bruce Willis?
O último crédito de Bruce Willis como ator constando no IMDb é Paradise City, ainda sem título em português e indicado como “em pós-produção” no momento em que esse texto é escrito. Ou seja, a fotografia principal já foi finalizada e se encontra em processo de montagem e inserção de quaisquer outros efeitos necessários. Curiosamente, também traz no elenco outro ator cuja carreira despencou: John Travolta.
A sinopse de Paradise City fala de um protagonista, Willis, que busca vingança contra um chefão do crime no Havaí. Bastante genérico, como todos os últimos trabalhos do ex-astro.
Qual foi o primeiro filme de Bruce Willis?
Encontro às Escuras (Blind Date, 1987) é a estreia oficial de Bruce Willis, sem levar em conta as pontas não creditadas e os filmes feitos para TV. Já começou bem, dirigido pela lenda da comédia Blake Edwards e contracenando com a diva Kim Basinger. A divertida história mostrava um executivo workaholic que topava um encontro às escuras armado por amigos em comum. O problema é que a moça já virava outra pessoa apenas com uma pequena quantidade de álcool.
A oportunidade aconteceu pelo desempenho do ator na série de sucesso A Gata e o Rato (Moonlighting, 1985 – 89), onde já mostrava carisma e bom timing cômico. Na época, não era uma transição fácil migrar da TV para o cinema.
Os melhores momentos de Bruce Willis
Independente das escolhas erradas e o que sua carreira se tornou em seus últimos anos, Bruce Willis é um ícone do cinema e merece ter relembrados seus grandes momentos. Sua triste condição de saúde é lamentada por todos os fãs e aqui, em tom de homenagem, separamos quatro filmes que fazem parte da nata desta filmografia. Confira a seguir nossa lista, ordenada por qualidade, do quarto lugar ao primeiro.
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4 – O Quinto Elemento (1997)
Ficção científica ambiciosa no conceito e no visual, dirigida pelo francês Luc Besson, aqui fortemente inspirado pela produção de Quadrinhos de seu país natal. O Quinto Elemento coloca Bruce Willis como um trabalhador comum deste futuro caótico, às voltas com um artefato cósmico de enorme poder, personificado em Leeloo, personagem de Milla Jovovich. Sem qualquer consciência do que representa, ela é a última esperança da humanidade contra vilões ameaçadores.
3 – O Sexto Sentido (1999)
Filme que revelou o cineasta M. Night Shyamalan e o então garoto Haley Joel Osment. O Sexto Sentido brincou com o público, entregando um final inesperado para a história do psicólogo infantil vivido por Bruce Willis, cuja tragédia do passado o impele a ajudar mais uma criança atormentada por visões estranhas. Osment brilhou como uma grande promessa na época, com um parceiro de cena que, apesar da fama consolidada, não se importou em atuar de forma contida e deixar os holofotes para o pequeno.
2 – Duro de Matar (1988)
Ignore as continuações. Primeiro sucesso arrasador de Willis, Duro de Matar criou um molde para que inúmeras cópias baratas surgissem por anos, incluindo aí suas sequências inúteis. Subvertendo a lógica dos brucutus musculosos dos anos 80, Duro de Matar mostra um policial comum em uma situação inesperada, quando ladrões invadem a festa de natal no prédio em que sua esposa trabalha. Isolado e sozinho, ele se vira como pode para sobreviver e reverter a situação. O filme prova que roteiros de ação podem ser brilhantes.
1 – Corpo Fechado (2000)
Depois de O Sexto Sentido, o ator engatou outro trabalho com o diretor e roteirista Shyamalan. O resultado é nada menos que brilhante, criando um filme que reverencia a mitologia dos quadrinhos de super-heróis contando uma história original, adulta e com várias camadas alegóricas com a realidade. O trabalho técnico também é soberbo, mas é preciso destacar também a ótima interpretação de Bruce Willis, no papel de um homem que não entende porque é o único sobrevivente ileso de um desastre ferroviário.