A aquisição de empresas pode ter grandes vantagens, mas também vários riscos. Eles derivam de motivos ou ¨racionais¨ que podem não estar alinhadas, na prática, com o objetivo de ¨gerar valor¨ para os acionistas. E, em alguns casos, podem até mesmo ¨destruir valor¨ dos sócios. Neste artigo destacamos os principais riscos que merecem atenção ao se avaliar a compra de uma companhia.
1. Dificuldade de integração na expansão para segmentos diferentes
Se a empresa candidata à aquisição ou fusão for de um ramo de atividade não relacionado ao principal negócio da empresa compradora, há o risco de que a integração dos processos operacionais, financeiros e administrativos torne-se mais complexa, demorada e custosa. Isso fará com que os ganhos de energia obtidos não sejam tão grandes quando se pensava antes da compra do negócio. As estatísticas mostram que o ¨crescimento orgânico¨ pode ser uma melhor alternativa para entrar em um novo segmento.
2. Compra de uma empresa de tamanho ¨excessivo¨
Outro aspecto que pode dificultar a integração dos processos operacionais e financeiros, além de administrativos, é se a empresa comprada tiver um tamanho acima de 50% em relação ao porte da adquirente. Estudos de mercado comprovam que as transações de compra de empresas muito maiores que a adquirente tendem a não gerar valor.
3. Pouco ou nenhum valor gerado com os conglomerados
A estratégia de conglomeração, ou seja, a compra de negócios em diferentes indústrias, possui elevado risco de não criar valor para a compradora. Por um lado, a teoria justifica que a conglomeração ajuda a diversificar e assim reduzir a exposição ao risco dos acionistas das empresas da holding. Contudo, o que se vê na prática é o risco de desvalorização das ações da companhia, em razão da falta de foco e da gestão sem especialização.
Inclusive, as ações de conglomerados podem negociar a preços descontados em comparação às empresas focadas. Especialmente em mercados de capitais mais desenvolvidos. O investidor que tem mais opções para fazer essa diversificação de indústrias sozinho pode não estar disposto a pagar mais por uma empresa com esse perfil.
4. Excesso de fundos
É possível que uma empresa com excesso de fundos avalie comprar outras companhias, como caminho para facilitar seu crescimento, ao invés de distribuir esses recursos aos acionistas. Contudo, se o mercado de capitais da região de atuação da compradora for bem desenvolvido e não houver ¨sinergias¨ claras e fáceis de executar para essa compra, o melhor caminho pode ser entregar esses dividendos aos sócios.
A compra de uma empresa é um processo complexo, que pode ter ganhos maximizados com o auxílio de uma assessoria especializada desde o início até o fechamento do negócio. A Capital Invest oferece consultoria em M&A, auxiliando empresas nacionais e estrangeiras nas suas aquisições no Brasil para gerar maior valor
com menor risco.