A cafeína é o componente mais famoso do café, mas a verdade é que a bebida também possui elementos antioxidantes, vitaminas e minerais.
Famoso por ser a segunda bebida mais consumida do mundo, o café agrada diferentes paladares e faz parte de muitos momentos da rotina das pessoas. Seja com o pão quentinho de manhã, logo após o almoço, ou no fim de tarde, quente ou frio, o café é sempre uma boa pedida.
Apesar de sua popularidade, pouco se sabe sobre as propriedades químicas do café. A cafeína é a substância mais conhecida, por conta do seu efeito psicoativo, mas a composição do café é muito mais complexa. Entenda melhor quais são os benefícios e cuidados necessários na hora de preparar o seu cafezinho.
Cafeína e muito mais
A cafeína é uma substância chamada xantina e tem efeito estimulante. Por isso, é comum que se sintam alterações relacionadas à concentração, frequência cardíaca e fadiga após o consumo do café.
Além da famosa cafeína, a bebida também possui polifenóis, como o ácido clorogênico, que tem ação antioxidante e anti inflamatória no organismo humano. Essa substância é comumente associada à redução de glicose no sangue e diminuição dos riscos de desenvolver diabetes.
O café ainda possui magnésio, potássio, cálcio, sódio, ferro, açúcares, aminoácidos e gorduras. Com base em seu efeito termogênico, o café pode acelerar o metabolismo e funcionar como aliado do emagrecimento (quando consumido em quantidade moderada e em conjunto com uma dieta nutritiva).
Outro benefício da bebida está relacionado ao seu efeito broncodilatador, responsável por diminuir a fadiga da musculatura respiratória. Como consequência, os amantes do café têm chances menores de desenvolver doenças respiratórias.
Cuidados necessários com o consumo de café
O café ainda conta com diterpenos, como o cafestol e kahweol, substâncias que podem aumentar o nível de colesterol no sangue. O ideal é consumir o café filtrado, de modo a reduzir a presença dessas substâncias na bebida final Os procedimentos de torra e preparo do café podem influenciar na quantidade de nutrientes que chegam ao corpo humano.
Em excesso, a cafeína pode viciar, além de ocasionar insônia, fadiga e transtornos de atenção. Por estimular a digestão e o funcionamento do intestino, o café também pode ser um problema para quem tem gastrite. Pessoas com ansiedade e arritmia cardíaca devem ter parcimônia na hora de preparar o tão amado cafezinho.
Os diferentes grãos de café
Em geral, o consumo de café é baseado em dois principais grãos: o Arábica e o Robusta. O Arábica tem origem na Etiópia e sua qualidade está diretamente relacionada à altitude da plantação cafeeira.
Essa espécie de planta resulta em um café de sabor complexo e com menor teor de cafeína. Na classificação Arábica, encontramos variações famosas e finas de cafés, como os grãos Bourbon, Catuaí Amarelo, Catuaí Vermelho, Kona, Mundo Novo e Acaiá.
Já o café Robusta, ou Conilon, se diferencia pela alta concentração de cafeína, consistência mais encorpada e sabor forte/ amargo. Essa espécie de planta pode ser cultivada em altitudes mais baixas em comparação ao grão Arábica, o que torna seu plantio muito mais acessível.
Café no Brasil e no mundo
Há mais de 150 anos, o Brasil é o maior produtor de café do mundo, responsável por um terço da produção mundial (dados da Associação Brasileira da Indústria do Café). O país também se destaca enquanto maior exportador e segundo maior consumidor no âmbito global. Por conta desses índices, o café é parte importante da economia brasileira e faz parte da alimentação básica dos brasileiros.
Os estados que concentram os plantios de café são Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia (Conab — Companhia Nacional de Abastecimento).
Os países do norte europeu são os responsáveis pelas taxas de consumo de café mais altas do mundo. O ranking é liderado pela Finlândia, Noruega, Islândia, Dinamarca, Holanda, Suécia, Suíça, Bélgica, Luxemburgo e Canadá (o único não-europeu da lista!).