A exposição aos raios solares é fundamental para a saúde, mas em excesso pode causar danos à pele. Saiba como aproveitar os benefícios sem correr riscos.
É inegável que manter uma pele bonita e saudável é um desejo de muitos brasileiros atualmente. Além do aumento nas buscas pelo termo skincare, relativo aos cuidados com a pele, indicado por um levantamento do BTG Pactual feito no início de 2020, movimentos do setor de beleza mostram que tratamentos gerais de pele se tornaram verdadeiros rituais para homens e mulheres de diferentes idades.
Entre os diversos processos caseiros para cuidar da pele estão a limpeza, a esfoliação, a hidratação e, é claro, a proteção contra a incidência excessiva de raios solares sobre o tecido. Contudo, fugir do sol não é a saída para uma pele mais bonita: dermatologistas e médicos de outras áreas são firmes quanto aos benefícios do sol para a saúde, inclusive da pele.
Por isso, não há uma única resposta: o sol pode fazer bem e mal à pele. O que faz diferença são fatores como a quantidade e a intensidade da exposição solar. A forma como tomamos sol, tanto no dia-a-dia quanto em situações pontuais, como as esperadas férias na praia, também faz diferença.
Benefícios da exposição ao sol
Tomar sol regularmente é uma recomendação médica para homens e mulheres de todas as idades. O principal motivo para essa indicação é a produção de vitamina D, fundamental para diversas funções do corpo, como a formação de dentes e ossos, absorção de fósforo e cálcio para o sistema imune, equilíbrio mental e corporal e redução do risco de doenças como câncer e diabetes.
A vitamina D está diretamente ligada à penetração dos raios solares na pele. Conforme os raios incidem no tecido, ocorrem reações que permitem a produção da vitamina. Sem a exposição ao sol, os índices do nutriente podem ficar abaixo do recomendado.
Passar alguns minutos por dia sob o sol também ajuda a: melhorar a qualidade do sono, regulando o ciclo de descanso; prevenir infecções, já que a vitamina D atua no sistema imunológico; e proteger a pele de radiações perigosas, uma vez que a exposição solar estimula a produção de melanina.
Tomar sol moderadamente também pode ser bom para amenizar problemas cutâneos, como a acne. Segundo dermatologistas, em doses baixas, a incidência dos raios na pele age de forma anti-inflamatória, ajudando a cicatrizar e “secar” lesões. O processo, contudo, deve ser feito por pouco tempo para evitar a produção de oleosidade.
Ainda, para quem busca os benefícios estéticos da exposição, há ainda o bronze adquirido ao tomar sol. A incidência dos raios estimula a produção de melanina, substância que dá o tom mais escuro ao tecido cutâneo, levando ao bronzeamento da pele.
Malefícios dos raios solares à saúde
Da mesma forma que o sol é fundamental para a saúde em diferentes aspectos, a exposição solar em excesso pode trazer problemas à pele e a outros órgãos do corpo. Entre os principais prejuízos estão:
- Desidratação;
- vermelhidão e queimaduras leves ou graves;
- envelhecimento precoce do tecido cutâneo, dos cabelos e das unhas;
- acne;
- feridas e manchas na pele;
- a longo prazo, pode ocorrer câncer de pele.
Pele bronzeada: como conseguir de forma segura?
Além de buscar os benefícios para a saúde, muitas pessoas gostam de tomar sol para deixar a pele bronzeada. A prática não é contraindicada, mas deve ser feita conforme algumas recomendações, para que não haja prejuízos à saúde do tecido cutâneo.
Antes de começar a exposição aos raios, é necessário passar protetor solar com FPS de no mínimo 30. O produto deve ser aplicado aproximadamente 30 minutos antes da exposição e deve ser reaplicado após contato com água ou suor excessivo e a cada duas horas.
Ainda, segundo a recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, os horários mais indicados para tomar sol são antes das 10h00 e após às 16h00, quando a incidência da radiação UVB (responsável pela vermelhidão e pelas queimaduras) é mais amena.
Nos dias de hoje, é possível conseguir a beleza do tom bronzeado na pele sem precisar recorrer à exposição solar intensa. Produtos como o autobronzeador, desenvolvido para oferecer a tonalidade mais escura ao tecido, entrega resultados muito semelhantes aos do bronzeamento feito no sol, porém sem expor a pele aos riscos dos raios solares.
Sol: amigo ou inimigo da pele?
O sol tem uma relação complexa com a nossa pele, sendo tanto amigo quanto inimigo.
Amigo:
- Síntese de vitamina D: A exposição ao sol é fundamental para a produção de vitamina D pelo nosso organismo, que tem um papel crucial na saúde dos ossos, na função do sistema imunológico e na prevenção de doenças crônicas.
- Melhora do humor: A luz solar pode melhorar o humor e ajudar no combate à depressão, especialmente a depressão sazonal.
Inimigo:
- Envelhecimento precoce: A exposição excessiva ao sol pode acelerar o processo de envelhecimento da pele, causando rugas, manchas e flacidez.
- Queimaduras solares: A exposição excessiva ao sol pode causar queimaduras, vermelhidão e até mesmo bolhas na pele.
- Câncer de pele: A exposição prolongada e repetida ao sol aumenta o risco de desenvolver câncer de pele, como o melanoma, carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular.
Portanto, é essencial manter um equilíbrio entre os benefícios e os riscos do sol. Para proteger a pele, é importante utilizar protetor solar, usar roupas e acessórios apropriados (como chapéus e óculos de sol) e evitar a exposição ao sol durante os horários de maior intensidade solar (geralmente entre as 10h e 16h).